segunda-feira, 31 de dezembro de 2012
Searching for Sugar Man
Year: 2012
Genre: Documentary | Biography | Music
Country: Sweden | UK
Directed By: Malik Bendjelloul
Synopsis: In the early 1970s, Sixto Rodriguez was a Detroit folksinger who had a short-lived recording career with only two well received but non-selling albums. Unknown to Rodriguez, his musical story continued in South Africa where he became a pop music icon and inspiration for generations. Long rumored there to be dead by suicide, a few fans in the 1990s decided to seek out the truth of their hero's fate. What follows is a bizarrely heartening story in which they found far more in their quest than they ever hoped, while a Detroit construction laborer discovered that his lost artistic dreams came true after all...
IMDb
Release Group: PULSAR
Release Name: Searching.for.Sugar.Man.2012.LIMITED.BRRIP.XVID.AC3-PULSAR
Runtime: 86 min
Audio: English | AC-3 | 448 kbps
Video: AVi | 624×352 | 1 642 kbps
Size: 1 file (1,337 MB)
Source: DVD
Subs: N/A
ScreenCaps:
Menos um!
2012 foi sombrio e cheio de encruzilhadas por terras samarras.
Esperemos que 2013 volte a iluminar as ruas de Santa Eufêmia.
Bom ano!
sábado, 29 de dezembro de 2012
John Dies at the End
Year: 2012
Genre: Comedy | Fantasy | Horror
Country: USA
Directed By: Don Coscarelli
Starring: Chase Williamson, Rob Mayes, Paul Giamatti, Clancy Brown, Glynn Turman, Doug Jones, Daniel Roebuck, Fabianne Therese, Jonny Weston, Jimmy Wong, Tai Bennett, Allison Weissman
Synopsis: It's a drug that promises an out-of-body experience with each hit. On the street they call it Soy Sauce, and users drift across time and dimensions. But some who come back are no longer human. Suddenly a silent otherworldly invasion is underway, and mankind needs a hero. What it gets instead is John and David, a pair of college dropouts who can barely hold down jobs. Can these two stop the oncoming horror in time to save humanity? No. No, they can't...
IMDb
Release Group: HS
Release Name: John.Dies.At.The.End.2012.HDRip.XviD-HS
Runtime: 110 min
Audio: English | MP3 | 192 kbps
Video: AVI | 720×404 | 1743 kbps
Size: 1 file (1,384 MB)
Source: 720p .WMV
Subs: N/A
ScreenCaps:
O bom Jesus!
Que seja o ano da libertação do templo.
Se Cristo Existisse…
Jesus Cristo, foi nulo o sacrifício
Que fizeste na Cruz, para remir
A devassidão torpe, o crime, o vício
Dos ricos, que só gostam de oprimir!
Pregaste o Amor, a Igualdade, o Bem!
Nasceu o Ódio, a Prepotência, o Mal!
Se uns têm Palácios, outros nada têm,
Campeia o luxo em doido bacanal!
Jesus Cristo, meu pobre Nazareno!
De que vale seguir o teu Exemplo,
Se em vez de Pão vamos colher veneno?
Se visses alguns quadros que eu contemplo,
Vinhas pisar, de novo, este terreno,
Para expulsar os Vendilhões do Templo.
Rodrigo dos Santos
sexta-feira, 28 de dezembro de 2012
The Perks of Being a Wallflower
Year: 2012
Genre: Drama | Romance
Country: USA
Directed By: Stephen Chbosky
Starring: Logan Lerman, Emma Watson, Ezra Miller, Mae Whitman, Kate Walsh, Dylan McDermott, Melanie Lynskey, Nina Dobrev, Johnny Simmons, Joan Cusack, Paul Rudd, Nicholas Braun, Reece Thompson, Julia Garner, Tom Savini, Adam Hagenbuch, Zane Holtz
Synopsis: Based on the novel written by Stephen Chbosky, this is about 15-year-old Charlie (Logan Lerman), an endearing and naive outsider, coping with first love (Emma Watson), the suicide of his best friend, and his own mental illness while struggling to find a group of people with whom he belongs. The introvert freshman is taken under the wings of two seniors, Sam and Patrick, who welcome him to the real world...
IMDb
Release Group: P2P
Release Name: The.Perks.of.Being.a.Wallflower.2012.DVDSCREENER.MKV.AC3-P2P
Runtime: 102 min
Audio: English | AC-3 | 448 kbps
Video: x264 | 720x480 | 1443 kbps
Size: 1 file (1,417 MB)
Source: DVDScr
Subs: N/A
ScreenCaps:
Superstição: ano 13, tem tudo para ser um bom ano
Olhe, Dona Isabel, se não nos virmos mais, um bom ano e muita saúde.
Igualmente, saudinha!
Igualmente, saudinha!
Da Primeira Grande Guerra à Guerra do Ultramar e os Soldados Samarras
(2ª. Parte)
Quanto à Guerra do Ultramar, para os Portugueses e de Libertação para os países africanos independentistas, durou de 1961/1975 e começou com o anseio reivindicativo daqueles povos à sua autodeterminação e independência, quando a maioria das outras nações já haviam abandonado as suas antigas colónias.
A Metrópole viu-se envolvida em três frentes de guerra em simultâneo;
Primeiro Angola 04/02/1961, a Guiné-Bissau em Julho do mesmo ano e por último Moçambique 24/09/1964. Cerca de 600.000 portugueses lutaram em África, tendo perdido a vida, 3.250 em Angola, 2.962 em Moçambique e 2.070 na Guiné-Bissau, comparativamente, devido à sua pequena dimensão territorial, foi onde morreram mais portugueses, dai ser chamada o Vietnam Português. Total, 8.290 mortos, cerca de 30.000 feridos com mais de 15.000 deficientes, foi o preço em vidas destas guerras.
Para estas três frentes de guerra foram mobilizados dezenas de Soldados Samarras, quer na Metrópole, mas também nos cenários de conflitos, para onde alguns partiram na procura de um outro modo de vida, sobretudo para Angola e Moçambique.
Uns e outros, foram arrancados aos seus empregos ou aos bancos das escolas, onde procuravam uma qualificação média ou superior e ainda outros às minas de urânio ou às tarefas dos campos samarras.
Quando a Pátria os chamou, todos responderam presente e foram integrados nos contingentes que constantemente partiam da Rocha Conde de Óbidos - Lisboa, nos barcos que foram paquetes de cruzeiros e agora, transformados em barcos de transporte de tropas, sempre superlotados e longe das comodidades do conceito de paquetes. Uns foram como praças, outros como sargentos e ainda outros com oficiais e todos honraram a terra samarra.
Para que os seu nomes não se percam para sempre, como de certo aconteceria com os heróis da 1ª Grande Guerra, vamos procurar referir os nomes do maior número possível dos que participaram nesta guerra, com desculpa para os que possamos omitir, mas que poderão ser acrescentados nos comentários.
Os primeiros a partir em 1961 foram, Alberto Luís e Amílcar Rodrigues para Angola e Elias Paula Fernandes para a Guiné-Bissau.
O primeiro entre todos, foi o Daniel Lopes Dias, que na pujança da juventude, 22 anos, pagou com o supremo dom da vida o “pronto” ao chamamento da Pátria, em Moçambique no dia 21 de Setembro de 1970, vítima de uma mina.
A placa toponímica no Largo com o seu nome na casa onde nasceu, agora devidamente identificada, foi a homenagem com que a Comunidade Samarra achou por bem perpetuar o seu nome.
Outros, sofreram na carne danos físicos irreparáveis ou psicológicos, estilhaços e sequelas que carregam no dia a dia e para o resto da vida, por outro lado, também foi uma oportunidade para muitos conhecerem uma parte de África e que lhes abriu os olhos e a mente a novos horizontes. Alguns, desta década e que aqui não constam, ou voltaram à aldeia com a fita branca na banda do casaco aquando da inspecção militar, ou já tinham emigrado, fugindo à miséria e mesmo à guerra do Ultramar.
Há dias, um conterrâneo ex-combatente recordava-me os aerogramas os “bate estradas”, amarelos e verdes, tipo subscritos como os que as Finanças nos enviam para pagamento do IRS ou IMI, que nos punham em contacto com os nossos familiares ou madrinhas de guerra, muitas delas brasileiras e que eram lidos e relidos com avidez.
Tanto traziam as boas como as más notícias, que nos deixavam esfusiantes ou tristonhos e que partilhávamos com um amigo, aquela boa notícia ou o desabafo das lágrimas contidas, quando anunciavam uma desgraça que na aldeia tinha acontecido.
Não raro, éramos surpreendidos com a presença inesperada de um conterrâneo ou de um amigo. A mim aconteceu-me, nomeadamente, um dia encontrar o Pe. Carlos Moita, (R.I.P.), como capelão militar e que, quando eu fui para a Guiné-Bissau em 1966, era o pároco da aldeia samarra. De certo que muitos se recordarão dele.
Feita referência aos primeiros a partir e ao nosso herói o Daniel, vamos agora elencar por ordem alfabética os nomes daqueles que conseguimos referenciar, ficando o desafio a quem conheça outros nomes de os adicionar nos comentários, para que os administradores do blogue os incluam no respectivo lugar na crónica.
Alberto Joaquim, Alberto Luís, Alfredo Carapito, Amílcar Rodrigues, Antonino Paula, Antonino Santos Paulos, António de Jesus, António Paulos, António Pedro Silva (RIP), António Rodrigues, António Santos e Avelino Fernandes;
Daniel Lopes Dias (RIP) e Delfim Paula (RIP);
Elias Paula Fernandes, Elias Raposo Ferreira;
Francisco Jesus Mendo;
Humberto Raposo Ribeiro;
João António Mendo, Joaquim Raposo Ribeiro, José Ferreira Paula, José Inácio Fernandes, José Jaime, José Jesus Mendo, José Lima, José Paula Fernandes, José Paula Monteiro, José Raposo Ferreira (RIP), José Raposo Ribeiro, José Santos Paulos;
Madail Santos Paulos, Manuel Messias Monteiro, Manuel Paula Fernandes, Manuel Santos Paulos, Messias Paula Fernandes;
Pedro Inácio Fernandes;
Ricarte Santos Silva;
Silvestre Raposo Ribeiro.
Esta foi a Geração Samarra, nascida nas décadas de 1940/1950 do século passado, a geração mais qualificada de sempre, até então, que viu os seus projectos de vida adiados, para responder “pronto” à Mãe Pátria.
Agora estamos certos que os Samarras que lutaram pela nossa identidade não serão esquecidos.
Honrar os combatentes é celebrar Portugal - (Professor Doutor Manuel Antunes em: Homenagem da Pátria aos seus melhores servidores – 10 de Junho de 2012).
Não podíamos terminar sem deixarmos um preito de homenagem às nossas mães que, muito sofreram, que muitas lágrimas salgadas deixaram cair pelos seus rostos, enquanto não voltámos e algumas só souberam que tínhamos partido, quando já nos encontrávamos nos cenários dos conflitos.
E não olhando só para o nosso umbigo, nestes anos, no mundo foi acontecendo:
1961- Foi o ano da construção do Muro de Berlim, do assassinato de Patrice Lumumba líder da independência do Congo, foi o ano em que a URSS enviou Yuri Gagarin para o espaço, iniciando assim, como país, a sua carreira espacial,
1962- Devido à crise dos mísseis o mundo esteve à beira de uma Guerra Atómica, fim da Guerra da Argélia e realiza-se o Concilio Vaticano II da Igreja Católica
1963- John F. Kennedy , Presdente dos USA é assassinado em Dallas, Valentina Terehkova da URSS, foi a primeira mulher que viajou para o espaço,
1964- Envolvimento, presencial, dos USA na Guerra do Vietnam apoiando o Sul, enquanto o Norte tinha o apoio da URSS,
1965- Morre em Londres Winston Churchill e é assassinado nos USA Malcolm X,
1966- A sonda soviética Lunik 9 é o primeiro objecto construído pelo homem a pousar na Lua, seguida no mesmo ano pelo satélite Surveyor I dos USA.,
1967- Guerra dos seis dias entre Israel e Árabes e o assassinato de Ernesto Guevara,
1968- Assassinato de Martin Luther King, a revolta de Maio dos estudantes em França e o assassinato de Robert F. Kennedy em Los Angeles,
1969- A XI missão Apolo, leva Neil Armstrong à Lua, o primeiro ser humano a pisá-la e aconteceu o maior festival mundial da história de Rock em Woodstock,
1970- Morre em Paris, Charles de Gaulle e no Cairo, Gamal Abdel Nasser,
1971- A República P. da China é admitida na ONU e a Intel cria o 1ºMicroprocessador,
1972- Nos Jogos Olímpicos de Munique são assassinados 11 atletas Israelitas,
1973- A ETA em Espanha assassina o presidente do Governo Luís Carrero Blanco,
1974- Dá-se em Portugal a 25/04 a revolução dos cravos.
1975- Independência das ex-províncias Ultramarinas e o nascer de novas nações, fim da guerra do Vietnam e foi neste ano que faleceu F .Franco e subiu ao trono em Espanha o Rei D. Juan Carlos I.
Fica um bem haja a quem me ajudou a recordar alguns dos nomes samarras referidos.
Quanto à Guerra do Ultramar, para os Portugueses e de Libertação para os países africanos independentistas, durou de 1961/1975 e começou com o anseio reivindicativo daqueles povos à sua autodeterminação e independência, quando a maioria das outras nações já haviam abandonado as suas antigas colónias.
A Metrópole viu-se envolvida em três frentes de guerra em simultâneo;
Primeiro Angola 04/02/1961, a Guiné-Bissau em Julho do mesmo ano e por último Moçambique 24/09/1964. Cerca de 600.000 portugueses lutaram em África, tendo perdido a vida, 3.250 em Angola, 2.962 em Moçambique e 2.070 na Guiné-Bissau, comparativamente, devido à sua pequena dimensão territorial, foi onde morreram mais portugueses, dai ser chamada o Vietnam Português. Total, 8.290 mortos, cerca de 30.000 feridos com mais de 15.000 deficientes, foi o preço em vidas destas guerras.
Para estas três frentes de guerra foram mobilizados dezenas de Soldados Samarras, quer na Metrópole, mas também nos cenários de conflitos, para onde alguns partiram na procura de um outro modo de vida, sobretudo para Angola e Moçambique.
Uns e outros, foram arrancados aos seus empregos ou aos bancos das escolas, onde procuravam uma qualificação média ou superior e ainda outros às minas de urânio ou às tarefas dos campos samarras.
Quando a Pátria os chamou, todos responderam presente e foram integrados nos contingentes que constantemente partiam da Rocha Conde de Óbidos - Lisboa, nos barcos que foram paquetes de cruzeiros e agora, transformados em barcos de transporte de tropas, sempre superlotados e longe das comodidades do conceito de paquetes. Uns foram como praças, outros como sargentos e ainda outros com oficiais e todos honraram a terra samarra.
Para que os seu nomes não se percam para sempre, como de certo aconteceria com os heróis da 1ª Grande Guerra, vamos procurar referir os nomes do maior número possível dos que participaram nesta guerra, com desculpa para os que possamos omitir, mas que poderão ser acrescentados nos comentários.
Os primeiros a partir em 1961 foram, Alberto Luís e Amílcar Rodrigues para Angola e Elias Paula Fernandes para a Guiné-Bissau.
O primeiro entre todos, foi o Daniel Lopes Dias, que na pujança da juventude, 22 anos, pagou com o supremo dom da vida o “pronto” ao chamamento da Pátria, em Moçambique no dia 21 de Setembro de 1970, vítima de uma mina.
Daniel Lopes Dias
A placa toponímica no Largo com o seu nome na casa onde nasceu, agora devidamente identificada, foi a homenagem com que a Comunidade Samarra achou por bem perpetuar o seu nome.
Outros, sofreram na carne danos físicos irreparáveis ou psicológicos, estilhaços e sequelas que carregam no dia a dia e para o resto da vida, por outro lado, também foi uma oportunidade para muitos conhecerem uma parte de África e que lhes abriu os olhos e a mente a novos horizontes. Alguns, desta década e que aqui não constam, ou voltaram à aldeia com a fita branca na banda do casaco aquando da inspecção militar, ou já tinham emigrado, fugindo à miséria e mesmo à guerra do Ultramar.
Há dias, um conterrâneo ex-combatente recordava-me os aerogramas os “bate estradas”, amarelos e verdes, tipo subscritos como os que as Finanças nos enviam para pagamento do IRS ou IMI, que nos punham em contacto com os nossos familiares ou madrinhas de guerra, muitas delas brasileiras e que eram lidos e relidos com avidez.
Tanto traziam as boas como as más notícias, que nos deixavam esfusiantes ou tristonhos e que partilhávamos com um amigo, aquela boa notícia ou o desabafo das lágrimas contidas, quando anunciavam uma desgraça que na aldeia tinha acontecido.
Não raro, éramos surpreendidos com a presença inesperada de um conterrâneo ou de um amigo. A mim aconteceu-me, nomeadamente, um dia encontrar o Pe. Carlos Moita, (R.I.P.), como capelão militar e que, quando eu fui para a Guiné-Bissau em 1966, era o pároco da aldeia samarra. De certo que muitos se recordarão dele.
Feita referência aos primeiros a partir e ao nosso herói o Daniel, vamos agora elencar por ordem alfabética os nomes daqueles que conseguimos referenciar, ficando o desafio a quem conheça outros nomes de os adicionar nos comentários, para que os administradores do blogue os incluam no respectivo lugar na crónica.
Alberto Joaquim, Alberto Luís, Alfredo Carapito, Amílcar Rodrigues, Antonino Paula, Antonino Santos Paulos, António de Jesus, António Paulos, António Pedro Silva (RIP), António Rodrigues, António Santos e Avelino Fernandes;
Daniel Lopes Dias (RIP) e Delfim Paula (RIP);
Elias Paula Fernandes, Elias Raposo Ferreira;
Francisco Jesus Mendo;
Humberto Raposo Ribeiro;
João António Mendo, Joaquim Raposo Ribeiro, José Ferreira Paula, José Inácio Fernandes, José Jaime, José Jesus Mendo, José Lima, José Paula Fernandes, José Paula Monteiro, José Raposo Ferreira (RIP), José Raposo Ribeiro, José Santos Paulos;
Madail Santos Paulos, Manuel Messias Monteiro, Manuel Paula Fernandes, Manuel Santos Paulos, Messias Paula Fernandes;
Pedro Inácio Fernandes;
Ricarte Santos Silva;
Silvestre Raposo Ribeiro.
Esta foi a Geração Samarra, nascida nas décadas de 1940/1950 do século passado, a geração mais qualificada de sempre, até então, que viu os seus projectos de vida adiados, para responder “pronto” à Mãe Pátria.
Agora estamos certos que os Samarras que lutaram pela nossa identidade não serão esquecidos.
Honrar os combatentes é celebrar Portugal - (Professor Doutor Manuel Antunes em: Homenagem da Pátria aos seus melhores servidores – 10 de Junho de 2012).
Não podíamos terminar sem deixarmos um preito de homenagem às nossas mães que, muito sofreram, que muitas lágrimas salgadas deixaram cair pelos seus rostos, enquanto não voltámos e algumas só souberam que tínhamos partido, quando já nos encontrávamos nos cenários dos conflitos.
E não olhando só para o nosso umbigo, nestes anos, no mundo foi acontecendo:
1961- Foi o ano da construção do Muro de Berlim, do assassinato de Patrice Lumumba líder da independência do Congo, foi o ano em que a URSS enviou Yuri Gagarin para o espaço, iniciando assim, como país, a sua carreira espacial,
1962- Devido à crise dos mísseis o mundo esteve à beira de uma Guerra Atómica, fim da Guerra da Argélia e realiza-se o Concilio Vaticano II da Igreja Católica
1963- John F. Kennedy , Presdente dos USA é assassinado em Dallas, Valentina Terehkova da URSS, foi a primeira mulher que viajou para o espaço,
1964- Envolvimento, presencial, dos USA na Guerra do Vietnam apoiando o Sul, enquanto o Norte tinha o apoio da URSS,
1965- Morre em Londres Winston Churchill e é assassinado nos USA Malcolm X,
1966- A sonda soviética Lunik 9 é o primeiro objecto construído pelo homem a pousar na Lua, seguida no mesmo ano pelo satélite Surveyor I dos USA.,
1967- Guerra dos seis dias entre Israel e Árabes e o assassinato de Ernesto Guevara,
1968- Assassinato de Martin Luther King, a revolta de Maio dos estudantes em França e o assassinato de Robert F. Kennedy em Los Angeles,
1969- A XI missão Apolo, leva Neil Armstrong à Lua, o primeiro ser humano a pisá-la e aconteceu o maior festival mundial da história de Rock em Woodstock,
1970- Morre em Paris, Charles de Gaulle e no Cairo, Gamal Abdel Nasser,
1971- A República P. da China é admitida na ONU e a Intel cria o 1ºMicroprocessador,
1972- Nos Jogos Olímpicos de Munique são assassinados 11 atletas Israelitas,
1973- A ETA em Espanha assassina o presidente do Governo Luís Carrero Blanco,
1974- Dá-se em Portugal a 25/04 a revolução dos cravos.
1975- Independência das ex-províncias Ultramarinas e o nascer de novas nações, fim da guerra do Vietnam e foi neste ano que faleceu F .Franco e subiu ao trono em Espanha o Rei D. Juan Carlos I.
Fica um bem haja a quem me ajudou a recordar alguns dos nomes samarras referidos.
Dezembro 2012 (17) Apaulos
quinta-feira, 27 de dezembro de 2012
Samsara
Genre: Documentary
Country: USA
Directed By: Ron Fricke
Synopsis: Filmed over nearly five years in twenty-five countries on five continents, and shot on seventy-millimetre film, Samsara transports us to the varied worlds of sacred grounds, disaster zones, industrial complexes, and natural wonders...
IMDb
Release Group: HDSi
Release Name: Samsara.2011.BRRip.XviD.AC3-HDSi
Runtime: 102 min
Audio: English | AC-3 | 320 kbps
Video: AVi | 720×304 | 1967 kbps
Size: 1 file (1,676 MB)
Source: Blu-Ray
Subs: N/A
ScreenCaps:
Da Primeira Grande Guerra à Guerra do Ultramar e os Soldados Samarras
(1ª Parte)
Esta crónica nasce na necessidade e revolta que senti ao ler no Blogue, alguns comentários menos respeitosos a um Herói Samarra da Guerra do Ultramar, de certo por falta de conhecimento, porque a placa toponímica do seu largo, que originou esses reparos, também não explicitava minimamente quem fora, lacuna que recentemente foi corrigida e com toda a justiça. Os seus promotores estiveram bem.
Quanto à segunda Grande Guerra 39/45, que se fico a dever à ambição expansionista dos territórios alemães por Adolfo Hitler, começou com a invasão da Polónia pela Alemanha em 01/09/39 e que acabou por envolver 2 grupos, o Eixo num total de oito países entre eles, Alemanha, Itália e Japão, contra os Aliados; França, Inglaterra, URSS, USA e outros, num total de cerca de 24 países. Terminou com a assinatura de rendição do Japão em 02/09/945.
Efectivamente, foram necessários estes longos anos para que o saco de100 kg de carrapatos “feijão frade”, que Pandit Nehru enviou ao Professor Salazar, conseguissem empurrar o saco de 5kg de malaguetas que este lhe remeteu.
Dezembro 2012 (16) Apaulos
Esta crónica nasce na necessidade e revolta que senti ao ler no Blogue, alguns comentários menos respeitosos a um Herói Samarra da Guerra do Ultramar, de certo por falta de conhecimento, porque a placa toponímica do seu largo, que originou esses reparos, também não explicitava minimamente quem fora, lacuna que recentemente foi corrigida e com toda a justiça. Os seus promotores estiveram bem.
Quando chegava a altura dos mancebos samarras irem à inspecção (irem às sortes), neste caso a Pinhel, onde funcionou o antigo quartel, os que tinham ficado apurados voltavam à aldeia com um fita vermelha na banda do casaco, os que tinham ficado esperados com fita verde e com fita branca os que ficaram livres. Nessa tarde e noite corriam todas as tabernas da aldeia para festejarem este grande dia ou não fosse comum ouvir-se: Tens de ir à tropa para te fazeres homem!...
A Primeira Grande Guerra de 14/18 iniciou-se em 28.07.1914, com a declaração de guerra do governo Austro-Húngaro apoiado pelo aliado alemão à Servia e teve na sua génese o assassinato em 28/6/1914 em Sarajevo na Bósnia do Arquiduque Francisco Ferdinando, herdeiro do trono do Império Austro-Húngaro e sua esposa Sofia, Duquesa de Hohenberg, pelo sérvio Gavrilo Princip e terminou em 11.11.1918 às 11h00 com a assinatura do armistício entre os Aliados e a Alemanha dentro de um vagão-restaurante na floresta de Compiègne, pondo assim fim à Primeira Guerra Mundial. Seguiu-se o tratado de paz de Versalhes celebrado em 25/01/1919.
Portugal participou ao lado dos Aliados, quando lhe é declarada guerra pela Alemanha em 09/03/1916 e pela Áustria-Hungria em 15/03/1916, com as primeiras forças junto às fronteiras das colónias em África. Para este conflito foram mobilizados cerca de 200.000 homens. A principal força foi integrada na CEP- Corpo Expedicionário Português e só na batalha do vale da ribeira de La Lys de 09 a 29 de Abril de 1916, na região da Flandres – Bélgica, ficaram mais de 7.500 soldados portugueses. No total terão perdido a vida mais de 10.000 homens e milhares de feridos. Tu és Aníbal Milhais, mas vales por Milhões e assim ficou conhecido, sendo este o único soldado raso português a ser condecorado com o Colar da Ordem da Torre e Espada a mais alta condecoração existente no país e era de Valongo, Murça.
Quando hoje perguntamos, quem foram os soldados samarras que participaram na 1ª Grande Guerra, são poucas as pessoas que se recordam de alguém ou dos seus nomes, pois já não há memórias vivas que nos relatem as suas façanhas, no entanto, a nossa pesquisa descobriu alguns que honraram a nação samarra e para que jamais se esqueçam os seus nomes, aqui ficam registados, bem como pequenas peripécias que são atribuídas a alguns.
João Mendo, residiu na actual Rua de Santo André, nº2 e dizia para um conterrâneo do seu ano; Eu fui à guerra, tu “meu pachacho” nem à tropa fostes.
Diamantino Raimundo, viveu na Rua do Meio, esquina com a Rua de Santo André. Durante anos, foi ajudante do ferreiro, o ti João dos Santos na Quintã, a bater e moldar o ferro e temperar as ferramentas daí resultantes, nomeadamente relhas e enxadas.
Porfírio Paulos (o rouxinol), o seu carinhoso alcunha, advêm-lhe de gostar de falar e de cantar. Viveu na Quintã, naquela que hoje é a casa com mais mulheres, a da família Manuel dos Santos Bernardino com sua esposa e sete filhas.
António (Antoninho) Pedro Eusébio, que nasceu no Juízo e casou com a samarra Ana Aguiar Eusébio, viveu no fundo povo e gostava muito de falar com os garotos que o chamavam de “barigudo” por causa da sua barriga avançada. Foi o último a falecer.
Antoninho Eusébio
António Marques (o França), alcunha que o filho e neto também herdaram e relembra o tempo que passaram em França como emigrantes.
Este conterrâneo ao terminar a guerra ficou lá pela França, daí o apelido e só 50 anos depois o filho emigrante, conjuntamente com outros emigrantes da leva da década de 1960 conseguiram descobri-lo e diligenciaram para que a sua mulher, a ti Maria do Azevo, se lhe juntasse. Ela, com muitas reservas foi e ele acabou por ficar com as duas e na primeira noite que passou com ela, a outra, a francesa, entrou no quarto deles sorrateiramente e puxou-lhes a roupa da cama. Também nos relataram que discutiam muito porque a francesa tinha muitos gatos e gastava muito com eles. Estes dois samarras marido e mulher acabaram por ser sepultados na terra samarra.
Este conterrâneo ao terminar a guerra ficou lá pela França, daí o apelido e só 50 anos depois o filho emigrante, conjuntamente com outros emigrantes da leva da década de 1960 conseguiram descobri-lo e diligenciaram para que a sua mulher, a ti Maria do Azevo, se lhe juntasse. Ela, com muitas reservas foi e ele acabou por ficar com as duas e na primeira noite que passou com ela, a outra, a francesa, entrou no quarto deles sorrateiramente e puxou-lhes a roupa da cama. Também nos relataram que discutiam muito porque a francesa tinha muitos gatos e gastava muito com eles. Estes dois samarras marido e mulher acabaram por ser sepultados na terra samarra.
Jeremias Carapito que casou nas Avelãs da Ribeira, onde passou a viver e que com frequência se deslocava à aldeia para visitar os seus familiares, montando a sua égua de estimação, bichinho que lhe ficou da arma de cavalaria que foi a sua especialidade na G.Guerra. Para melhor o poderem identificar foi pai daquele que terá sido o primeiro médico filho de pai samarra o Dr. José Guerra e avô do Dr. João Guerra que esteve no Hospital de Pinhel e agora em Trancoso.
Outro samarra por acolhimento temporário e sazonal que se acolhia no cabanal da Ermida ou no do lagar de azeite, desactivado, à entrada da aldeia, foi o cigano Luís Maria, que dizia ser de Santa Maria de Todo Mundo e que a sua consorte a Luísa, quando pedia esmola e azeite dizia, dê-me nem que seja só uma pinguinha, tanto quanto mija uma vaca.
Este soldado da primeira G.G., foi encontrado morto no carreiro dos louceiros, aquele que atravessa as terras do carvalhal, paúl e fareleira. Dizem que, em consequência de uma “malha” que lhe deram num palheiro, numa aldeia próxima, quando se abastecia de gasóleo para o motor da sua camioneta modelo ” carroça”, onde transportava todos os seus haveres de soldado – cigano - nómada.
Portugal ficou fora desse conflito o que não significa que não sofrêssemos as suas consequências, nomeadamente na aldeia em que as nossas mães, connosco ao colo faziam o caminho a pé até Pala para conseguirem um pão na padaria do Sr. Francisco Cerdeira, pai daquela que foi professora de muitos de nós a D. Ana Marques Cerdeira, (D. Aninhas) e por vezes voltavam de mãos vazias. Esta, uma pequena amostra das dificuldades da época. Embora fora do conflito, o povo samarra, para o bem ou para o mal, contribuiu com a exportação do minério, arrancado nos filões da aldeia, para os países beligerantes que o iriam transformar em peças das máquinas de guerra.
Entre a 2ª Grande Guerra e a Guerra do Ultramar aconteceu a invasão da Índia Portuguesa, por onde passaram dois soldados Samarras o José Martinho de 1957/1959 e o marinheiro António Paula Fernandes, que esteve prisioneiro do Jawaharlal Nehru o (Pandit Nehru) durante 6 meses, após a invasão de Goa em 17/12/1961 que, com uma força de 45.000 homens em 18/12/1961 pôs fim a 451 anos de história que nos ensinaram na escola. E assim se começou a desmoronar o Império Ultramarino.
Entre a 2ª Grande Guerra e a Guerra do Ultramar aconteceu a invasão da Índia Portuguesa, por onde passaram dois soldados Samarras o José Martinho de 1957/1959 e o marinheiro António Paula Fernandes, que esteve prisioneiro do Jawaharlal Nehru o (Pandit Nehru) durante 6 meses, após a invasão de Goa em 17/12/1961 que, com uma força de 45.000 homens em 18/12/1961 pôs fim a 451 anos de história que nos ensinaram na escola. E assim se começou a desmoronar o Império Ultramarino.
António Paula Fernandes
Efectivamente, foram necessários estes longos anos para que o saco de
Dezembro 2012 (16) Apaulos
Crónica actualizada - 27 Dez
SP
Fotogenia e talento
A imagem e o artista do momento. Manuel Lima, o artista mais retratado na zona, o homem que Rita Pereira inveja, já preenche os outdoors, das principais cidades do Interior.
Falência Técnica
Ouvi dizer, que o sítio onde um padre passa mais tempo numa aldeia, não é na igreja...
Ouvi dizer...
quarta-feira, 26 de dezembro de 2012
A água chegou aos nascentes
As preces feitas à Senhora das Fontes estão finalmente a dar os primeiros frutos. O ribeiro que atravessa a parte baixa da aldeia voltou a ter água, dois anos depois da sua última aparição. Vou ter saudades daqueles resíduos que durante este período tornaram a parte ribeirinha das Talíscas uma zona mais atraente e colorida.
A adega do Ti Zé
Este local de convívio faz concorrência a outros espaços abertos nos locais conhecidos, com a vantagem de não ter horário de fecho. De referir que existe nova gerência.
Ainda há Samarras?... e marmelos..
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