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segunda-feira, 28 de maio de 2012

Eu, o Matumba e o Preto

Narrativa contada pelo “Eu” (designação fictícia), a propósito do proprietário do quiosque de Pinhel, que atravessava a rua diante de mim, do Eu e de 3 pratos vazios de caracóis, no café em frente à secundária de Pinhel:
“Não gosto deste gajo desde aquele episódio…
Em Pinhel, há 20 anos atrás, Eu, o Matumba e o Preto decidimos pregar uma partida ao gajo do quiosque Avenida. A ideia foi minha. Dávamos uns murros nas chapas do Quiosque e quando ele viesse ter connosco eu dizia que tinha sido o Preto, o Preto apontava para o Matumba e o Matumba apontava para mim. Era uma óptima ideia, todos concordámos.
Assim foi, demos uns valentes murros na estrutura, o gajo saiu de lá furioso e Eu apontei para o Preto, o Preto para mim e o Matumba para mim!
Levei umas lambadas bem dadas, mas foi engraçado!
Isto, depois de ter salvo um destes dois elementos, naquele episódio caricato ocorrido na Trincheira com o Bogalhas, o profanador de menores. "


sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Lendas cá da aldeia

Pão e chouriça
Um senhor cego e um amigo, pedem esmola na rua. Um dia recebem de esmola pão e chouriça. No regresso a casa o que não é cego deu pão ao cego, enquanto ele comia o pão com chouriça.
Cheira-me a chouriça, diz o cego.
Ao passarem por um sobral, o cego foi contra um sobreiro.
Ai cheirava-te a pão com chouriça e não te cheirou o sobreiro a cortiça, exclama o não cego.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

O Prior de Trancoso ...1487...

SENTENÇA PROFERIDA EM 1487 NO PROCESSO CONTRA O PRIOR DE TRANCOSO

(Autos arquivados na Torre do Tombo, armário 5.o, maço 7)


"Padre Francisco da Costa, prior de Trancoso, de idade de sessenta e dois anos, será degredado de suas ordens e arrastado pelas ruas públicas nos rabos dos cavalos, esquartejado o seu corpo e postos os quartos, cabeça e mãos em diferentes distritos, pelo crime que foi arguido e que ele mesmo não contrariou, sendo acusado de ter dormido com vinte e nove afilhadas e tendo delas noventa e sete filhas e trinta e sete filhos; de cinco irmãs teve dezoito filhas; de nove comadres trinta e oito filhos e dezoito filhas; de sete amas teve vinte e nove filhos e cinco filhas; de duas escravas teve vinte e um filhos e sete filhas; dormiu com uma tia, chamada Ana da Cunha, de quem teve três filhas, da própria mãe teve dois filhos.

Total: duzentos e noventa e nove, sendo duzentos e catorze do sexo feminino e oitenta e cinco do sexo masculino, tendo concebido em cinquenta e três mulheres".

E agora vem o melhor:

"El-Rei D. João II lhe perdoou a morte e o mandou por em liberdade aos dezassete dias do mês de Março de 1487, com o fundamento de ajudar a povoar aquela região da Beira Alta, tão despovoada ao tempo e guardar no Real Arquivo da Torre do Tombo esta sentença, devassa e mais papéis que formaram o processo".

diario.iol.pt