terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Saladas selvagens

Li alugares, às vezes também leio, que “quem não ama o pão, o vinho e o azeite, as mulheres e as canções será um estúpido toda a vida”.
Acrescento, deveria ser cortado, com uma lâmina ferrugenta, na zona das axilas, no Verão, e ser regado de seguida com vinagre. Vinagre caseiro, de vinho tinto. Do de Santa Eufêmia.
Mas que diabo, quem não gosta disto!!? Quem?!
Também se deveria acrescentar, além das mulheres e do vinho, a rumex induratus, mais conhecida por azeda romana ou proclamada entre nós por azedas ou azedões.
Nesta estação do ano crescem abundantemente nas paredes e podem-se comer em saladas ou simples, comendo-as directamente da parede. Eu prefiro-as de qualquer maneira. Só de pensar dá-me uma vontade…


Juntamente com esta especiaria, aparecem nos ribeiros e riachos as não menos famosas meruges (morugem, murugem, meruge, merugem). Salada selvagem, muito selvagem (cuidado), deliciosa. Temperada com azeite, vinagre, sal e cebola é um pitéu maravilhoso.
E o melhor de tudo: Não se comercializa. Vai buscar Alfacinha! Fiquem lá com as vossas alfacinhas que nós temos a toda poderosa, a divina meruge.


Tou com uma vontade Samarras...

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