segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Verga


Tendeiro de Vale do Seixo mostra como se trabalha a verga.
Fundo do povo, Santa Eufémia, a meio caminho do Br. dos Caçapões.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Combinações

Azul e verde escarro na parede
É que se apregoa na aldeia para descrever algo que não combina, neste caso as cores de uma indumentária.
Também serve broeiro, albardeiro, pantomineiro ou desata-a-faixa.
Em vez disto na civilização moderna adoptou-se agora a expressão pandã (pandan!)!
Manias!

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

dona aninhas

Bacalhau - 2ª parte


Segredo para um bacalhau delicioso e umas mãos mais suaves e fofinhas.

A propósito de Bibi

E aquele trigo-roxo que era a base de sustento dos queridos borrachos que pousavam na eira por detrás da Quintâ em busca de grãos do outro trigo normal, sobejado da malha! Pareciam pombos, mas caim que nem tordos!
Não percebo porque se deixa de transaccionar um produto desta categoria e com uma eficácia superior a 100%.
A intromissão e a parvoíce das galinhas neste processo contribuiu em muito para esta eficiência mas também para o seu descalabro.

nota 1: se consegues ver esta letra miudinha sem óculos é porque nasceste depois de 1990. Esquece, não tentes perceber porque é que o trigo era roxo.
nota 2: Bibi afirma que desconhece Carlos Silvino.
nota 3: meninos do chocapic, só mesmo para que não hajam dúvidas, trigo-roxo não eram cereais às cores.

sms

- Chekim das enxertias em cunha negra, keres jantar hoje aí alugares, tipo no meio de um lameiro?
- Oio k está a dizer o cara de cará! Deixa-me falar com a patroa e já te digo alguma coisa, coito inflamado.



Texto do diálogo anterior não foi sujeito a qualquer norma do novo acordo ortográfico nem a explicações extras da professora Bruna.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

3 em 1 universo

Crónica escrita a partir do poema "Máquina do Mundo", de António Gedeão (in Máquina de Fogo, 1961), e elaborada para o Exploratório Infante D. Henrique, Centro de Ciência Viva de Coimbra, no âmbito da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, a decorrer entre 22 e 28 de Novembro de 2010.

[α,∞)?

Que intervalo de tempo e de espaço, de matéria e de energia, é esse Universo em que a nossa vida pontua? Em que singularidade se originou? Quando é que foi t = 0? Há cerca de 13,7 mil milhões de anos, quando todo o Universo, conhecido e desconhecido, estava reunido num único ponto infinitesimamente compacto, imensurável, adimensional!?

Foi Georges Lemaître, padre e cientista, o primeiro a propor, em 1927, um início assim para o Universo. Sem dimensões de tempo nem de espaço, uma singularidade. Chamou-lhe a “hipótese do átomo primevo” e baseava-se em assumpções decorrentes da teoria da relatividade geral de Einstein. Anos mais tarde, em 1949, Fred Hoyle haveria de baptizar, ainda que pelo ridículo, esse momento com a designação de “Big Bang”.

O modelo do “Big Bangnão descreve a singularidade, mas sim o que aconteceu imediatamente a seguir a ela e que acabou por nos dar origem. Segundo a teoria mais corrente do “Big Bange a teoria da inflação, a partir da singularidade, esse nada absoluto grávido de tudo, o universo expandiu-se, súbita e incontrolavelmente e, em cerca de 0,
0000000000000000000000000000001 segundo, emergiram as forças da gravidade, do electromagnetismo, as forças nucleares fortes e fracas.

Sob acção destas forças, uma revoada de partículas elementares, fotões, electrões, protões, neutrões, resultantes de outras fundamentais como os quarks, polvilharam o nada em todas as direcções, num número de partículas de cada tipo na ordem de 1 seguido de 89 zeros!

Em 1929, Edwin Hubble observou que a distância aparente de galáxias distantes era tanto maior quanto maior fosse o desvio para o vermelho dos seus espectros luminosos observáveis. E, espantosamente, verificou que quanto mais distantes se encontravam maior era a velocidade a que se afastavam da nossa posição aparente.

Constatamos que as galáxias mais longínquas se afastam umas das outras a velocidades tanto maiores quanto mais longe estiverem de nós. Afastam-se de quê? Da singularidade inicial. Vão para onde? Para o nada infinito no tempo, finito num intervalo de espaço em expansão!

Até onde podemos ver, e ver permite-nos calcular distâncias no espaço e no tempo, através dos actuais radiotelescópios, a fronteira do Universo visível encontra-se algures a 145 biliões de triliões de quilómetros (14 000 milhões de anos-luz) de distância aparente!

Universo visível? …O espanto esmaga-nos com o peso do Universo que não é visível, “preenchido” por matéria dita negra e que corresponde a 85% de toda a matéria do Universo. Viajamos num mar de escuridão que não emite radiação electromagnética! E por isso esse oceano cósmico é indetectável pelos nossos olhos, adaptados que estão a sentir uma pequena fresta, um intervalo suficiente do espectro da luz solar.

E que vazio? Incomensurável! Num átomo de hidrogénio, o combustível das estrelas e o elemento mais abundante do Universo, 99,9999% é vazio! O seu núcleo, constituído por um único protão, ocupa apenas 0,00001% do volume de todo o átomo. O resto é nada e uma certa probabilidade de encontramos um electrão, num determinado estado quântico.

E é pelo balanço delicado entre repulsão e atracção electrostática entre nuvens electrónicas e núcleos atómicos, “coreografias” magnéticas e tudo o mais que se expressa nos princípios colombianos, quânticos e de exclusão, que as indiscerníveis partículas fundamentais dos átomos interagem, dando-nos esta sensação de matéria, quando apertamos as mãos.

E, paradoxalmente, é esse intervalo cheio de vazio que permite interacções entre átomos diferentes, gerando compostos que arquitectam a vida tal qual a conhecemos.

Somos então um intervalo vazio semeado de partículas e energia, cerzidos no tear sempre crescente de tempo e de espaço.

E, neste intervalo assim crescente, somos o resultado de uma singularidade de gente.

António Piedade


5% é tudo!


uma história gráfica do Universo

a minha crónica semanal no jornal i



Se qualquer descoberta em astronomia tivesse de ser comunicada de uma maneira comercial e completamente elucidativa, teria de ter sempre um asterisco remetendo para as letras miudinhas e esquecidas do final do anúncio.

E que diria a nota?

"Todo este conhecimento é baseado em 5% do Universo que conhecemos; os outros 95% ainda são uma enorme incógnita!". Anote: todos os reinos das galáxias, estrelas, planetas, cometas, montanhas e oceanos, plantas, animais, humanos constituem apenas 5% do Universo. Os restantes 95% distribuem-se por algo a que os cosmólogos chamam energia negra (72%) e matéria negra (23%), duas entidades que são a dor de cabeça necessária para a actual compreensão do Cosmos.

A pergunta é inevitável: mas então se não conhecemos 95% do Universo como é que conseguimos construir grandes modelos, teorias, ideias sobre o Cosmos?

Porque podemos construí-los mesmo sem saber o que são. Se teimarmos em abrir uma porta mas se a mesma resiste, então desconfiamos que algo está a impedir o movimento. Podemos não saber o que é, mas algo é! E o mais chato no caso destas "negras" do Cosmos é que são cientificamente pouco sociais; a matéria negra tem massa mas não interage com nada e ninguém; se não existisse não perceberíamos porque e como evoluem os corpos celestes.

A energia negra esconde-se no próprio espaço em si e sem ela a expansão do Universo torna-se confusa. O meu amigo está confuso? Os cosmólogos também... ainda!

Universo Observável

A propósito do texto do Miguel Gonçalves e dos meus textos recentemente aqui e aqui colocados a propósito do Universo observável e existência de energia e matéria negra em quantidades quase totalitárias, ocorreu-me uma história que a seguir conto, numa adaptação minha. Aliás, quando me interrogo sobre o "universo", como objecto de estudo e de observação através do método científico, esse exemplo surge imediata e recorrentemente.

“Numa noite escura que nem breu, um sujeito percorre uma rua. Aproxima-se de uma zona iluminada pelo único candeeiro público que conhece. Verifica que há um outro sujeito à procura de algo na zona iluminada e pergunta-lhe:

- Desculpe, anda à procura de alguma coisa?

- Sim, da chave de minha casa? – Responde atarefado o segundo sujeito.

- Tem a certeza de que foi aqui que a perdeu? – Retorque o primeiro.

- Não, mas esta é a única zona iluminada onde a posso procurar.”

Esta breve e anedótica história é uma boa caricatura do trabalho científico: mesmo que teoricamente seja provável que a "chave" esteja logo ali ao lado da zona iluminada, só quando tivermos tecnologia que nos permita estender a procura nesse lado é que poderemos efectuar observações.

As luas de Júpiter já orbitavam este planeta no tempo de Ptolomeu, mas foi preciso observar através da luneta de Galileu para as encontrar.

A energia e matéria negra são pressentidas para explicar o nosso actual modelo do Universo, mas precisamos da tecnologia dos aceleradores de partículas para as podermos encontrar e caracterizar.

Por outro lado, é espantosa a capacidade preditiva dos modelos científicos que "guiam" os desenvolvimentos tecnológicos à procura de novas observações que eventualmente os possam comprovar, mas que também poderão demonstrar que estavam desajustados da realidade.

Mas também não basta possuir uma forma inovadora de observação do universo. É preciso fazer a pergunta certa e procurar no sítio onde está a chave.

É assim a ciência.

António Piedade

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Foto da Semana
















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Bacalhau - 1ª parte

Foi feita a ultima lagarada oficial da temporada, na cozinha de um lagar classificado com 5 estrelas Michelin, com cozinheiros a fazerem recordar os mesuráveis tempos da Filipa Vacondeus.


De salientar ainda que foi quebrada uma formosa e primitiva tradição neste costume provinciano, alguém teve a ousadia de comer a deleitosa vianda de faca e garfo!

Sempre aviar!...

domingo, 23 de janeiro de 2011

Bater o dente


Noite de eleições com temperaturas negativas e velocidade controlada.
Tá como novo. São mesmo estes quilómetros que tem.

Resultados opacos



É mais ou menos isto que está escrito no Edital colocado por detrás do vidro opaco, na escola de santa Eufêmia:
Resultados oficiais

48,1%Votantes: 114
Inscritos: 237 Lista Resultados Mandatos

Cavaco Silva 80,95%85 votos
Manuel Alegre 7,62%8 votos
Francisco Lopes 5,71%6 votos
Fernando Nobre 3,81%4 votos
Defensor Moura 0,95%1 votos
José Coelho 0,95%1 votos

EM BRANCO 2,63%3 votos
NULOS 5,26%6 votos

Deste as últimas eleições presidenciais de há 5 anos atrás a freguesia de Santa Eufêmia perdeu 28 eleitores inscritos! Compare.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Grafia

A favor do novo acordo ortográfico e do bullying vote LYONCE VIIKTÓRYA.

Pirrisca vai ler-se Pirisca.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Tive ontem conhecimento

Um saco de água à porta de casa para não entrarem as moscas, vinagre nas hortas para afugeuntar as toupeiras ou fazer figas com os dedos ao passar por certas pessoas é comum e eficaz, agora colocar figuras de sapos nos estabelecimentos para atemorizar os ciganos é novo, pelo menos para mim!
Quando um gajo pensa que já viu de tudo…

Sendo ainda familiar dos sapos, com a Rã ninguém se mete, pelo menos os ciganos.

2$50


Tenho andado atarefado com arrumações e coiso. Partilho estes dois singelos objectos que encontrei, que marcaram mais ou menos a minha penalizada juventude.
As famosas borrachas para apagar tinta, ou em último caso rasgarem papel e a saudosa moeda de 2$50 “Não vales dois e quinhentos puto”. Pior seriam cinco tostões!
Boas recordações.
Na Santa Eufêmia, tudo na mesma.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Aos Emigrantes







"Um povo imbecilizado e resignado, humilde e macambúzio, fatalista e sonâmbulo, burro de carga, besta de nora, aguentando pauladas, sacos de vergonhas, feixes de misérias, sem uma rebelião, um mostrar de dentes, a energia dum coice, pois que nem já com as orelhas é capaz de sacudir as moscas; um povo em catalepsia ambulante, não se lembrando nem donde vem, nem onde está, nem para onde vai; um povo, enfim, que eu adoro, porque sofre e é bom, e guarda ainda na noite da sua inconsciência como que um lampejo misterioso da alma nacional, reflexo de astro em silêncio escuro de lagoa morta.

Uma burguesia, cívica e politicamente corrupta até à medula, não descriminando já o bem do mal, sem palavras, sem vergonha, sem carácter, havendo homens que, honrados na vida íntima, descambam na vida pública em pantomineiros e sevandijas, capazes de toda a veniaga e toda a infâmia, da mentira à falsificação, da violência ao roubo, donde provém que na política portuguesa sucedam, entre a indiferença geral, escândalos monstruosos, absolutamente inverosímeis no Limoeiro.

Um poder legislativo, esfregão de cozinha do executivo; este criado de quarto do moderador; e este, finalmente, tornado absoluto pela abdicação unânime do País.

A justiça ao arbítrio da Política, torcendo-lhe a vara ao ponto de fazer dela saca-rolhas.

Dois partidos sem ideias, sem planos, sem convicções, incapazes, vivendo ambos do mesmo utilitarismo céptico e pervertido, análogos nas palavras, idênticos nos actos, iguais um ao outro como duas metades do mesmo zero, e não se malgando e fundindo, apesar disso, pela razão que alguém deu no parlamento, de não caberem todos duma vez na mesma sala de jantar."

Guerra Junqueiro, 1896

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

“Ó glória de mandar! Ó vã cobiça / Dessa vaidade a que chamamos fama”, canto IV-95);

A propósito da trágica morte do cronista social Carlos Castro e das circunstâncias em que aconteceu, chamo a atenção para o parecer do Dr. Afonso de Albuquerque, mérito psiquiatra da nossa praça, o qual podem ler no site abaixo.
É um alerta oportuno e um dismistificar de certos comentários que se vão ouvindo sobre o tema;
"Ai o moço era tão bonzinho, ai não acredito que ele tenha feito isto, ai ele até nem era homossexual, ai isto, ai aquilo..." Pois é!...
E como acreditar num homem de 65 anos a apaixonar-se por um "miúdo" de 21? Que se passou, afinal?
Leiam:

http://noticias.sapo.pt/info/artigo/1121086.html

http://dn.sapo.pt/inicio/pessoas/interior.aspx?content_id=1757421

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Até amanhã.



“Estamos todos condenados ao pó e ao esquecimento, e as pessoas que evoquei neste livro ou já estão mortas, ou estão quase a morrer ou, quando muito, morrerão – quero dizer, morreremos – ao fim de alguns anos que não se podem contar em séculos nem em décadas. (...) Sobreviveremos por uns frágeis anos, ainda, depois de mortos, na memória dos outros, mas também essa memória pessoal, a cada instante que passa, está sempre mais perto de desaparecer.

Os livros são um simulacro da recordação, uma prótese para recordar, uma tentativa desesperada de tornar um pouco mais perdurável o que é irremediavelmente finito.

Todas estas pessoas de que se tinge a trama mais íntima da memória, todas essas presenças que foram a minha infância e a minha juventude, ou já desapareceram e são apenas fantasmas, ou então, como eu, estão a caminho de desaparecer, como projectos de espectros que ainda se movem pelo mundo.

Em breve todas essas pessoas de carne e osso, todos esses parentes e amigos que adoro, todos esses inimigos que devotamente me odeiam não serão mais reais que qualquer personagem de ficção e terão a sua mesma consistência fantasmagórica das evocações e dos espectros, e isso na melhor das hipóteses, pois da maior parte deles não restará mais que um punhado de pó e a inscrição numa lápide cujas letras se irão apagando num cemitério. (...)

E se as minhas recordações se harmonizarem com alguns de vocês, e se o que eu senti (e deixarei de sentir) for compreensível e se puder identificar com qualquer coisa que também sentem ou sentiram, então este esquecimento que seremos poderá adiar-se por mais um instante, no fugaz reverberar dos seus neurónios, graças aos olhos, poucos ou muitos, que alguma vez se detiverem nestas letras.”

Excerto do livro de Hector Abad Faciolince Somos o Esquecimento que Seremos (Quetzal, p.331-3)

Ribeira de Santa Eufêmia vs Alfaces x 30 238 U


PERIGO PARA A SAÚDE PÚBLICA!

Quem tiver hortas para o lado da Fonte do Concelho.

Nunca ninguém nos avisou destes perigos. isto é um atentado silencioso.

vejam nas páginas 113 e 114.

A Mina da Senhora das Fontes, próxima de Santa Eufémia, Concelho de Pinhel, foi uma importante exploração de urânio provida com instalações de moagem e de tratamento químico do minério no local. A extracção foi feita por lavra subterrânea e os poços de acesso à Mina estão actualmente selados. Os resíduos sólidos resultantes do tratamento do minério estão acumulados à superfície, na zona das antigas instalações de apoio à mina. A análise de materiais recolhidos nas escombreiras da mina indica a existência de escombros mineiros com baixo teor de urânio parcialmente misturados com resíduos da extracção, apresentando os radionuclidos descendentes do 238U com ligeiro sobre-equilíbrio radioactivo em relação ao progenitor, e a existência de resíduos da extracção química de urânio com concentrações de 230Th, 226Ra e de 210Po e 210Pb cerca de 10 vezes mais elevadas que o urânio (Tabela III.1).

Não há drenagem superficial e visível de águas da mina, mas o curso de água próximo, a Ribeira de Santa Eufémia, drena as encostas da zona da mina para a povoação com o mesmo nome e recebe as escorrências superficiais dos escombros mineiros.

A meia encosta, a Ribeira de Sta Eufémia passa ao lado da nascente conhecida por Fonte do Concelho, situada a cota mais elevada que a aldeia, e cuja água é utilizada para consumo humano pela população da aldeia de Sta Eufémia. A água da Fonte do Concelho tem radioactividade muito baixa, 10,7 mBq/L de 238U, mas a água da ribeira, com concentração de238U cerca de 30 vêzes mais elevada, é usada para a irrigação de várias hortas na mesma povoação (Tabela III.2). Os produtos das hortas regadas com água da ribeira, em especial as alfaces, apresentam concentrações de 226Ra mais elevadas que as hortas regadas com água de furos, atingindo 379 mBq/kg (peso fresco) (Tabela III.4).

As concentrações medidas na fase solúvel das águas de furos, poços e fontes são, geralmente, baixas (Tabela III.2), indicando reduzida contaminação radioactiva dos recursos hídricos na zona, exceptuando a ribeira. Aquelas águas podem ser usadas para os animais e até para consumo humano, se os outros parâmetros de qualidade para além da radioactividade, estiverem também em conformidade com a Lei da água.

Os escombros da antiga mina têm concentrações muito elevadas, por vezes superiores a 1Bq/g, o que de acordo com as normas internacionais requer que seja tida em conta a sua radioactividade e considerados como resíduo radioactivo (IAEA, 1996).


Os Ulriches

















Ulrich (João Henrique).
n. 22 de Novembro de 1851.
f. 19 de Janeiro de 1895.
Cavaleiro da ordem de Cristo e comendador da ordem espanhola de Isabel a Católica, vice-governador da Companhia do Crédito Predial, etc.

N. no Rio de Janeiro a 22 de Novembro de 1851, fal. em Lisboa a 19 de Janeiro de 1895. Era filho do comendador João Henrique Ulrich, e de sua mulher D. Maria Luísa de Sá Ulrich.

Vindo para Lisboa, seguiu o curso do Liceu Nacional, e depois o curso preparatório dos oficiais de artilharia na Escola Politécnica, que não pôde concluir por ter adoecido gravemente; contudo nesta escola obteve o prémio na cadeira de química mineral, e distinção nas de álgebra transcendente, geometria analítica, química analítica, etc., com o que provou a sua assídua aplicação. Percorreu em seguida, para complemento da sua instrução, os principais países da Europa, e visitou o Brasil. Estando casualmente no Funchal, de passagem durante esta viagem, escreveu e publicou: Duas palavras aos leitores das «Farpas,» de dezembro de 1872.

Em 1882 recebeu a nomeação de vice-cônsul do Brasil, e a imprensa lisbonense, mencionando o despacho do governo imperial, elogiou as qualidades e o mérito do agraciado, que passado algum tempo solicitou, e lhe foi concedida, a exoneração de tais funções. Estabelecendo a sua residência em Portugal, pátria de seu pai, dedicou-se então ao comércio, sem descurar, porém, os estudos literários e científicos, para que tinha decidida vocação. Foi director da Companhia das Minas do Massueime Santa Eufémia Pinhel, secretario, e depois director-tesoureiro da Sociedade de Geografia, de que fora um dos fundadores, director da Companhia Nacional de Tabacos, secretário das Casas de Asilo da Infância Desvalida; vice-governador da Companhia do Crédito Predial, cargo que exercia quando faleceu. A pedido do editor António Maria Pereira, traduziu o Tratado do jogo do bilhar, o qual se publicou com as suas iniciais. Colaborou na Revista de Portugal e Brasil. Para o Dicionário Popular, dirigido por Pinheiro Chagas, também escreveu alguns artigos.

São filhos de João Henrique Ulrich os Srs. Fernando Enes Ulrich, João Henrique Ulrich, advogado e vice-governador do Banco Nacional Ultramarino, e o Dr. Rui Enes Ulrich, a quem se refere o artigo seguinte.

Alguém percebe da poda?




terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Baínhas & cª



No ano de 1850, o Sr. Isaac Merrit Singer (mecânico, actor e inventor) conheceu, na oficina do Sr. Orson Phelps, uma máquina de costura. Ao analisar cuidadosamente o seu funcionamento, sugeriu modificações que revolucionaram sua fabricação. Em onze dias, estava pronta a primeira máquina de costura realmente eficiente. Singer solicitou uma patente em 1851 e continuou a melhorar sua máquina até sua morte, em 1875, aos 63 anos.

De referir que não faz download de filmes, nem aceita programas windows.trabalha a energia de pedal.
... "play" do seu rádio para escutar a Rádio Renascença. Avé Maria...

Vocábulos do dia

Curtir
Preparar (peles, couros) para os tornar imputrescíveis.
Remolhar (matérias têxteis) para as abrandar e lhes poder separar as fibras.
Conservar (alimentos) em líquido adequado. = curar
Queimar a pele por exposição ao sol ou ao vento.
Fig. Suportar sofrimento ou situação penosa. = aguentar, padecer, sofrer
Fig. Tornar mais forte, mais resistente. = calejar, endurecer
Infrm. Ressacar.
Sentir prazer ou satisfação. = deleitar-se, gostar
Trocar carícias sexuais

Biqueiro
Que tem má boca.
Que não come de tudo
Pancada dada com a ponta do pé. = chuto, pontapé
Baile reles

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Adorno talismã

Este resistente arco teima em permanecer hirto e enfeitado desde Setembro último e as suas raízes ameaçam a qualquer momento arrancar os paralelos que cobrem a calçada.
Já cheira a festa!

Expressões pop

Cala a caixa!

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Rua de S. André










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Campanha III

Um estímulo para o Cavaco:

Campanha II

Um impulso para a campanha do Manuel Alegre:
-Mamã dá-me licença?
- Dou.
- Quantos passos?
- 5 para trás ao pé-coxinho.

Campanha presidencial

Não percebo porque é que o Alegre ainda não falou do Benfica? Os temas que têm marcado a campanha para as presidenciais têm que manter o nível, que até agora tem sido elevado. O Alegre tem que arriscar e ser mais audaz. Qual o número de sócio do Cavaco? Tem as quotas em dia? Pior, às tantas nem do Benfica é!
Porque corta as sobrancelhas? E a vasectomia canina?
Os portugueses estão atentos e precisam de ser elucidados.
25 de Abril sempre!

9 casos de gripe A confirmados no Hospital da Guarda

Ela anda por aí! Está a atacar os profissionais de saúde! Protejam-se...

Ver aqui.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Farrapo cozinha

Este pedaço de tecido (saia rodada de ganga – tamanho júnior) esteve na montra deste muro mais de um mês, fixado cuidadosamente por uma pedra, sem que alguém lhe pegasse.
É certo que já há poucas crianças na aldeia mas bem vistas as coisas uma fazenda como esta dava no mínimo para fazer 3 a 4 esfregões de cozinha.
Compreende-se, a ganga não é a melhor opção, pois como todos sabem os melhores trapos tradicionais de cozinha advêm de roupa interior usada, estas sim têm a textura adequada para a coisa.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

O fim do mundo em 2012?

Nas contas que o Calendário Maia faz, algo de muito grave se passará no solestício de Inverno, isto é, a 21 de Dezembro de 2012! Não se falando específicamente no fim do mundo, acredita-se que algo se passará e conduzirá a uma alteração profunda do mundo actual.

Esta crença alicerça-se no facto no solestício, a Terra se alinhar com o Sol e com o centro da nossa galáxia, a Via Láctea. E como no centro da Galáxia parece existir um buraco negro "supermassivo" esta situação conduzirá a fenómenos catastróficos como tsunamis, terramotos, vulcões...

Seja lá o que for que poderá acontecer, as previsões apontam de facto para a alteração do mundo nos próximos tempos. E como já aqui fiz referência, há astrólogos que acreditam na mudança de atitudes e comportamentos, na mudança da visão do mundo para uma forma mais espiritual, abandonado as preocupações materialistas que nos têm massacrado até aqui.

2012 é o início da transformação?

Eu acredito que alguma coisa poderá acontecer, quando não sei. O Planeta dá-nos cada vez mais sinais. Nada será como dantes!

2011

O fim de ano da aldeia foi atestado de foguetes, como há muito não se ouvia/via por aquelas bandas, com zé-galotes à mistura e de outros ingredientes, aqueles do costume, com os mesmos do costume. A propósito do barulho dos foguetes ainda hoje há cães que deambulam pela calçada buscando desnorteados o caminho de casa.
Para mim a passagem de ano foi uma noite como outra qualquer, um pão de quartos e uma lata de sardinha das pequenas em tomate picante, com cebola qb a acompanhar.
Já agora, a todos aqueles que devotamente fazem deste, um local de tertúlia, afecto e insurreição e aos outros que por bisbilhotice ou engano também aqui passam, votos de um feliz 2011.
Aqui os propósitos mantêm-se intactos, com a mesma exactidão, o mesmo ânimo e igual deformidade, de Janeiro a Janeiro.
Permitam-me uma palavra de apreço final ao vinho tinto do novo, casta Chão da Folha, servido numa garrafa verde de plástico com rótulo Pingo Doce, que me faz ver as coisas de uma maneira diferente assim como um bem-haja sentido ao senhor António Silva por ter usado as palavras Margedo, encoiro e verdasca numa mesma frase.