
Este tema foi perseguido por Bacon (ou perseguiu-o), Francis Bacon por mais de 14 anos, num total de 45 imagens. O Estudo tem como obra mãe o quadro do pintor espanhol Diego Velázquez Papa Inocêncio X, "retrato de um poderoso e inescrupuloso Papa que escolheu o nome Inocente)".
Inocêncio X foi conhecido pelos seus actos de nepotismo e outros de interesse estritamente político, facto frequentemente associado ao trabalho de Bacon, pois mostra o jogo de interesses e poder (no caso o homem mais poderoso) mesmo dentro da Igreja ao qual Bacon, não necessariamente por ser ateu, sempre criticou.
Essa associação não é assumida por Francis Bacon. Na verdade, ele justifica a sua obsessão pela imagem pelo magnífico colorido que o quadro tem: “eu diria que ela (obsessão pelo quadro) abre todas as espécies de sentimento e de áreas da imaginação em mim” . O problema é que ao assumir a relevância do inconsciente no seu trabalho, a hipótese de que a Imagem do Papa e o poder associado a ele, representado de forma quase que real por Velázquez, ganha muita força. Real aqui não significa somente a qualidade técnica da imagem, mas a essência captada por Velázquez da personalidade de Inocêncio e transposta para o quadro. É exatamente isso que Francis Bacon parece querer atingir: captar a essência do homem e passar para a tela, pois isso sim seria o real, sem a máscara que são os costumes e a moral.
Inocêncio X foi conhecido pelos seus actos de nepotismo e outros de interesse estritamente político, facto frequentemente associado ao trabalho de Bacon, pois mostra o jogo de interesses e poder (no caso o homem mais poderoso) mesmo dentro da Igreja ao qual Bacon, não necessariamente por ser ateu, sempre criticou.
Essa associação não é assumida por Francis Bacon. Na verdade, ele justifica a sua obsessão pela imagem pelo magnífico colorido que o quadro tem: “eu diria que ela (obsessão pelo quadro) abre todas as espécies de sentimento e de áreas da imaginação em mim” . O problema é que ao assumir a relevância do inconsciente no seu trabalho, a hipótese de que a Imagem do Papa e o poder associado a ele, representado de forma quase que real por Velázquez, ganha muita força. Real aqui não significa somente a qualidade técnica da imagem, mas a essência captada por Velázquez da personalidade de Inocêncio e transposta para o quadro. É exatamente isso que Francis Bacon parece querer atingir: captar a essência do homem e passar para a tela, pois isso sim seria o real, sem a máscara que são os costumes e a moral.
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