Descrição
A Urtiga é uma planta perene, de porte ereto, com altura que pode atingir até 2 metros. É possível encontrar a urtiga em várias partes do mundo, em regiões de clima temperado e tropical. A planta possui seu caule e suas folhas recobertos por pêlos, que causam coceira e irritação quando em contato com a pele. Esses pêlos minúsculos perfuram a pele e liberam um fluido venenoso que irrita e inflama a pele.
História
Originária da Europa e da Ásia, a urtiga foi talvez das plantas que mais cedo começaram a ser utilizadas pelo Homem, pois desde a idade do bronze (4000-3000 a.C.) que se empregaram as fibras de urtiga no fabrico de vestuário; mais tarde igualmente no de papel.
Dizem que os soldados romanos, estacionados nas regiões setentrionais, cultivavam aí a urtiga, para depois se esfregarem com ela, a fim de suportarem melhor o frio. Aliás, o nome botânico da planta vem do latim urere, que significa "queimar" e tem a ver com o seu carácter urticante. Ainda na Roma antiga, o escritor Plínio o Jovem, que viveu no primeiro século da nossa era, dizia-se um grande apreciador de urtigas, e comia-as cozinhadas como se fossem espinafres
Mais tarde, o cultivo da planta foi continuado em países como a Noruega, a Dinamarca e a Escócia, que com ela fabricavam fatos grosseiros para os marinheiros e também redes de pesca. Mesmo depois do linho ter começado a ser mais apreciado, o fabrico de fibras de urtiga continuou até ao século XIX, especialmente na Escócia. Segundo as próprias palavras do poeta escossês Thomas Campbell - que viveu nos fins do século XVIII, princípios do XIX: "na Escócia, comi urtigas, dormi em lençóis de urtigas, e jantei sobre uma toalha de urtigas. Quando ainda é nova e tenra, a urtiga é um legume excelente... e lembro-me que a minha mãe dizia que, na sua opinião, os fatos de urtiga eram bastante mais resistentes do que os de linho". Também o escritor dinamarquês Christian Andersen, que viveu no século XIX, refere no seu conto "A princesa e os sete cisnes" que são feitos de urtiga os mantos que a princesa tece para libertar os irmãos do feitiço da madrasta.
Cultivo
A urtiga aficiona os terrenos húmidos, frescos, não muito expostos ao sol em chapa. Encontra-se por toda a parte, sobretudo nos terrenos incultos, nos bosques, nos atalhos dos campos. Planta vivaz e muito rústica (resiste até 45 negativos!), mal se lhe toca liberta uma substância urticante, que está na origem do seu nome. A urtiga multiplica-se por semente, divisão dos pés, ou por estaca. A distância entre as plantas deve ser de 30-60 cm.
Utilizações
Sendo a Escócia um dos países onde a urtiga foi, desde sempre, muito apreciada e cultivada, não é para admirar que um dos seus pratos tradicionais seja à base de urtigas; a que se junta alho francês, brócolos e arroz. Também na Rússia se emprega a urtiga para confeccionar o conhecido "chtchi". No fabrico de queijos, há quem use a urtiga em vez de coalho: embora a coagulação não dê o mesmo grau de satisfação, o queijo tem no entanto um gosto bastante agradável e muito especial.
Segundo parece, ainda hoje em dia os aborígenas da Austrália utilizam um unguento à base de urtigas para friccionar as entorses, e com as folhas fervidas fazem cataplasmas. Na Ucrânia, as urtigas servem para pintar de verde os ovos da Páscoa.
Para quem goste de jardinagem, esta planta - à primeira vista "indesejável" - é um maravilhoso auxiliar, especialmente na cultura biológica. Efectivamente, com uma decocção à base de urtiga podemos desembaraçar as outras plantas de doenças como o míldio, e também de parasitas como o piolho. Hoje a urtiga é utilizada como planta medicinal, comestível e fonte de clorofila.
A urtiga é também óptima para activar a decomposição do estrume orgânico, e alguns cientistas afirmam que o teor de óleos essenciais das plantas cultivadas na proximidade de urtigas é superior ao normal. A urtiga é igualmente cultivada para a extracção da clorofila e como forragem para o gado bovino, para as aves, e para os coelhos.
As virtudes das urtigas
Nas folhas encontra-se uma substância histamínica e ácido fórmico. A urtiga é riquíssima em vitaminas, sobretudo as do grupo B, em sais minerais, (S, Si, K, Fe, Ca, Na), oligo-elementos, aminoácidos e proteínas. É maravilhosa para combater a queda do cabelo e a fragilidade das unhas, devido à presença do ferro, do silício e das vitaminas B2 e B5, pelo que tem um excelente poder de remineralização.
Como é igualmente rica em vitamina C, indispensável para uma boa absorção do ferro, torna-se um forte inimigo da anemia e dos problemas circulatórios, sendo recomendada para um bom equilíbrio feminino aquando da menopausa. Verificou-se ainda que a planta estimula a secreção láctea, reduz o teor de ácido úrico e também o de açúcar no sangue, e tem um papel eficaz no alívio das artroses, crises de gota e artrites, bem como outras manifestações reumáticas.
As cataplasmas de folhas de urtiga têm grande efeito sobre os eczemas e outras doenças da pele. A urtiga tem ainda propriedades depurativas do sangue, fazendo baixar o teor de glucose no sangue e estimulando a irrigação sanguínea de todas as partes do corpo. É uma planta indispensável ao metabolismo e à saúde do sistema vegetativo. Combate também o entorpecimento dos membros.
Indicações
Ácido úrico, anemia, asma, brônquicos, buco-faríngeas ( infecções), cabelos (caspa, crescimento, opacos, queda), ciática, complemento alimentar, circulação, cravos, depuração do sangue, diabete, diarreia, digestão, dor reumática, espinhas, ferida, gota, hemorragia, manchas, pele (feridas, irritação pós-sol, queimadura, sardas, tecidos danificados, úlceras), próstata (hiperplasia benigna), problemas urinários, reumatismo gotoso, úlcera, etc..
Fonte:
dulcerodrigues.info
Originária da Europa e da Ásia, a urtiga foi talvez das plantas que mais cedo começaram a ser utilizadas pelo Homem, pois desde a idade do bronze (4000-3000 a.C.) que se empregaram as fibras de urtiga no fabrico de vestuário; mais tarde igualmente no de papel.
Dizem que os soldados romanos, estacionados nas regiões setentrionais, cultivavam aí a urtiga, para depois se esfregarem com ela, a fim de suportarem melhor o frio. Aliás, o nome botânico da planta vem do latim urere, que significa "queimar" e tem a ver com o seu carácter urticante. Ainda na Roma antiga, o escritor Plínio o Jovem, que viveu no primeiro século da nossa era, dizia-se um grande apreciador de urtigas, e comia-as cozinhadas como se fossem espinafres
Mais tarde, o cultivo da planta foi continuado em países como a Noruega, a Dinamarca e a Escócia, que com ela fabricavam fatos grosseiros para os marinheiros e também redes de pesca. Mesmo depois do linho ter começado a ser mais apreciado, o fabrico de fibras de urtiga continuou até ao século XIX, especialmente na Escócia. Segundo as próprias palavras do poeta escossês Thomas Campbell - que viveu nos fins do século XVIII, princípios do XIX: "na Escócia, comi urtigas, dormi em lençóis de urtigas, e jantei sobre uma toalha de urtigas. Quando ainda é nova e tenra, a urtiga é um legume excelente... e lembro-me que a minha mãe dizia que, na sua opinião, os fatos de urtiga eram bastante mais resistentes do que os de linho". Também o escritor dinamarquês Christian Andersen, que viveu no século XIX, refere no seu conto "A princesa e os sete cisnes" que são feitos de urtiga os mantos que a princesa tece para libertar os irmãos do feitiço da madrasta.
Cultivo
A urtiga aficiona os terrenos húmidos, frescos, não muito expostos ao sol em chapa. Encontra-se por toda a parte, sobretudo nos terrenos incultos, nos bosques, nos atalhos dos campos. Planta vivaz e muito rústica (resiste até 45 negativos!), mal se lhe toca liberta uma substância urticante, que está na origem do seu nome. A urtiga multiplica-se por semente, divisão dos pés, ou por estaca. A distância entre as plantas deve ser de 30-60 cm.
Utilizações
Sendo a Escócia um dos países onde a urtiga foi, desde sempre, muito apreciada e cultivada, não é para admirar que um dos seus pratos tradicionais seja à base de urtigas; a que se junta alho francês, brócolos e arroz. Também na Rússia se emprega a urtiga para confeccionar o conhecido "chtchi". No fabrico de queijos, há quem use a urtiga em vez de coalho: embora a coagulação não dê o mesmo grau de satisfação, o queijo tem no entanto um gosto bastante agradável e muito especial.
Segundo parece, ainda hoje em dia os aborígenas da Austrália utilizam um unguento à base de urtigas para friccionar as entorses, e com as folhas fervidas fazem cataplasmas. Na Ucrânia, as urtigas servem para pintar de verde os ovos da Páscoa.
Para quem goste de jardinagem, esta planta - à primeira vista "indesejável" - é um maravilhoso auxiliar, especialmente na cultura biológica. Efectivamente, com uma decocção à base de urtiga podemos desembaraçar as outras plantas de doenças como o míldio, e também de parasitas como o piolho. Hoje a urtiga é utilizada como planta medicinal, comestível e fonte de clorofila.
A urtiga é também óptima para activar a decomposição do estrume orgânico, e alguns cientistas afirmam que o teor de óleos essenciais das plantas cultivadas na proximidade de urtigas é superior ao normal. A urtiga é igualmente cultivada para a extracção da clorofila e como forragem para o gado bovino, para as aves, e para os coelhos.
As virtudes das urtigas
Nas folhas encontra-se uma substância histamínica e ácido fórmico. A urtiga é riquíssima em vitaminas, sobretudo as do grupo B, em sais minerais, (S, Si, K, Fe, Ca, Na), oligo-elementos, aminoácidos e proteínas. É maravilhosa para combater a queda do cabelo e a fragilidade das unhas, devido à presença do ferro, do silício e das vitaminas B2 e B5, pelo que tem um excelente poder de remineralização.
Como é igualmente rica em vitamina C, indispensável para uma boa absorção do ferro, torna-se um forte inimigo da anemia e dos problemas circulatórios, sendo recomendada para um bom equilíbrio feminino aquando da menopausa. Verificou-se ainda que a planta estimula a secreção láctea, reduz o teor de ácido úrico e também o de açúcar no sangue, e tem um papel eficaz no alívio das artroses, crises de gota e artrites, bem como outras manifestações reumáticas.
As cataplasmas de folhas de urtiga têm grande efeito sobre os eczemas e outras doenças da pele. A urtiga tem ainda propriedades depurativas do sangue, fazendo baixar o teor de glucose no sangue e estimulando a irrigação sanguínea de todas as partes do corpo. É uma planta indispensável ao metabolismo e à saúde do sistema vegetativo. Combate também o entorpecimento dos membros.
Indicações
Ácido úrico, anemia, asma, brônquicos, buco-faríngeas ( infecções), cabelos (caspa, crescimento, opacos, queda), ciática, complemento alimentar, circulação, cravos, depuração do sangue, diabete, diarreia, digestão, dor reumática, espinhas, ferida, gota, hemorragia, manchas, pele (feridas, irritação pós-sol, queimadura, sardas, tecidos danificados, úlceras), próstata (hiperplasia benigna), problemas urinários, reumatismo gotoso, úlcera, etc..
Fonte:
dulcerodrigues.info
Alfobre Anterior:
Malva
Funcho
Giesta
Esteva
Sabugueiro
Cardo Mariano
Alecrim
Salgueiro
Pirliteiro
Azevinho
Oliveira
dizem que é muito bom sopa de urtiga.
ResponderEliminarUrtiga significa em latim nada mais nada menos que “a que arde” e são conhecidas pelo seu efeito nefasto quando entram em contacto com a pele. Ora, era a ideia que tinha desta planta, ao ler a quantidade de virtudes da mesma, essa mesma ideia é alterada radicalmente...
ResponderEliminarEstá aqui uma amiga minha, ligada a estas coisas da natureza, a dizer que o nome cientifico da urtiga não é este.
ResponderEliminarurtica dioica é a forma de como ela se propaga.