segunda-feira, 22 de março de 2010

Por favor não matem a cotovia

Har­per Lee escreve de uma forma sim­ples e des­pre­ten­si­osa, reflec­tindo quase na per­fei­ção os pen­sa­men­tos e sen­ti­men­tos de Scout. É um livro ador­nado de peque­nos momen­tos, com toques de humor no meio dos acon­te­ci­men­tos sérios que com­põem a sua história.
A escrita é magnífica, na voz de uma criança do sul dos Estados Unidos. A história é fácil de ler e a intriga cativa e prende o leitor desde o primeiro minuto. Com todas estas características está garantida a qualidade de leitura da obra.
O que o leva a ser um clássico é a moralidade que dele se extrai e a habilidade para suscitar nos leitores de hoje - como nos de ontem - simpatia.
Poderoso, o livro aborda temáticas que ainda hoje encontramos na nossa sociedade dita moderna. Esse é outro aspecto que faz dele uma obra prima. Questões delicadas como o racismo, a opressão, a injustiça ou o preconceito saltam das suas páginas. Espantosamente, a obra consegue gerir estas áreas sensíveis e profundas sem demagogias. Tal é conseguido porque Harper Lee faz de uma criança o narrador, permitindo-nos aprender com ela...
Por outro lado, a tal escrita brilhante facilita a entrada no mundo da era da Depressão no Alabama. E, curiosamente, torna-se fácil para nós simpatizar com o local (apesar de todos os preconceitos da cidade) e até com muitas das personagens.
Por Favor Não Matem a Cotovia desafia o leitor a reagir. E não lhe permite ficar indiferente. Para o melhor e para o pior... Porque esta é uma história sobre ver as pessoas como pessoas, tentando entendê-las.


in: ao sabor dos livros

3 comentários:

  1. encomendei este livro para ler nas férias.

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  2. Recentemente, alguns dos mais importantes livreiros norte-americanos atribuíram grande destaque ao livro, ao elegerem-no como o melhor romance do século XX, a obra-prima da literatura americana

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