Durante o reinado de D. Sancho I e numa conjuntura de incremento da vida municipal, Pinhel recebe o seu primeiro foral, atribuído em 1191 pelo prior e irmãos da Ermida de Santa Maria de Riba Paiva. Não sendo um foral real, o próprio D. Sancho I o confirma em 1209. A acção de D. Sancho I foi confirmativa da do seu pai, continuando os moradores do grande concelho a serem dispensados de servir em muros e castelos da colheita real e da portagem em todo o país e autorizados a pastar livremente os seus gados fora dos muros do castelo.
Dada a sua localização, a vila foi desde cedo alvo de vários ataques vindos de Leste; o primeiro terá ocorrido ainda no reinado de D. Sancho I, pois mal foram terminados os muros em Pinhel, foi declarada guerra entre Leão e Portugal. Em finais do século XII travou-se no termo de Pinhel o combate que ficou conhecido como "lide das Ervas Tenras" onde pereceram alguns dos maiores fidalgos portugueses; esta lide deve ter sido um episódio da acção guerreira fronteiriça a que por todo o século XII chamaram "de Pinhel" travada contra aqueles inimigos por uma força de portugueses, por isso denominada "hoste de Pinhel".
Apesar das cartas de foral a Pinhel terem disposto a unidade do foro para todos os vizinhos da vila, parece bem certo que no século XIII havia, herdada na própria vila, gente de qualidade nobre. Só se pode compreender esse facto supondo que esses nobres, possuindo fora da vila e seu termo os seus solares, se sujeitavam a descer de qualidade nas suas relações com o grande grémio democrático, sendo portanto aí considerados e tratados como membros do povo. Um dos nobres com bens na vila de Pinhel foi, no século XIII, Martim Afonso "de Amaral".
Continua...
portugal.veraki
Sou vetão desde pequenino!
ResponderEliminarGostei.