quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Coscuvilheiros



Eu me lembro, eu me lembro.

Quando criança pequena,

na grande Santa Eufêmia;

em tenra idade já via,

aqueles que, por gáudio de alcovitar,

percorriam as vielas, os quelhos;

observadores silentes, a se esquivar.

Não davam azo ao viço: eram velhos!

E, rubicundos, finjiam nada notar,

hécticos, farejavam todos os arções;

pra, no maldizer, concentrar suas ações!



Coscuvilheiros que andavam, meiginhos no seu labor,

semeavam a discórdia, desconheciam o amor.

Houvesse que lhe botasse, nas mãos, o cabo de guatambu,

fazê-los suar a cavar ou que o enfiassem ... na rima.

Que lhes fizessem um enterro dos que a sua laia herda,

ao invés de usar terra que os cobrissem de ... rima.





A. Raposo


12 comentários:

  1. Beethoven é Mozart e Mozart é Beethoven

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  2. faltou-lhe um pouco de foskamónio na sua juventude senhor poeta.

    ir para a ceifa descalço?
    roer uma maça com bicho?
    uma carrada de estrume ( a verter pela via pública)?
    e tocar ao bicho numa moita hã?
    é mais esotérico que uma liturgia do novo testamento?
    ordenhar uma boa teta de vaca com moscas bailar?
    a babilónia fica para os lados da regateira?
    nunca bebeu um martelo com flores e de sabor a àcido acético?
    se nunca, não pertence ao comum dos mortais da paróquia!

    escreva sobre os benefícios do kefir!

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  3. lindo, anónimo das 12.50
    e uma giesta a fazer de papel

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  4. uma sardinha crua
    um puto amparado pelo pai e pela mãe numa V5
    umas ceroulas manchadas

    Gostei do "tocar ao bicho". há tanto tempo!!

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  5. estão aqui belos ingredientes para um lindo poema A Raposo. Agora é só ligar as situações. Força.

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  6. Caro A. Raposo, desista da poesia! Não tem jeito nenhum!!
    Não há aqui nada poético!!

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  7. Os algueiros ñ cegam ... aos q já ñ veem (sic)!

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