Sobre o ALZHEIMER
Roberto Goldkorn é psicólogo e escritor
O meu pai está com Alzheimer.
Logo ele, que durante toda vida se dizia "O Infalível".
Logo ele, que um dia, ao tentar ensinar-me matemática, disse que as minhas orelhas eram tão grandes que batiam no tecto.
Logo ele que repetiu, ao longo desses 54 anos de convivência, o nome do músculo do pescoço que aprendeu quando tinha treze anos e que nunca mais esqueceu: esternocleidomastóideo.
O diagnóstico médico ainda não é conclusivo, mas, para mim, basta saber que esquece o meu nome, mal anda, toma líquidos de canudinho, não consegue terminar uma frase, nem controla mais as suas funções fisiológicas, e tem os famosos delírios paranóicos comuns nas demências tipo Alzheimer.
Aliás, fico até mais tranquilo diante do "não sei ao certo" dos médicos; prefiro isso ao "estou absolutamente certo de que...", frase que me dá arrepios.
E o que fazer... para evitarmos essas drogas?
Como?
Ler muito, escrever, buscar a clareza das ideias, criar novos circuitos neurais que venham substituir os afectados pela idade e pela vida "bandida".
O meu conselho é para não serem infalíveis como o meu pobre pai; não cheguem ao topo, nunca, pois dali só há um caminho: descer.
Inventem novos desafios, façam palavras cruzadas, forcem a memória, não só com drogas (não nego a sua eficácia, principalmente asnootrópicas), mas a correr atrás dos vazios e lapsos.
O meu pai está com Alzheimer.
Logo ele, que durante toda vida se dizia "O Infalível".
Logo ele, que um dia, ao tentar ensinar-me matemática, disse que as minhas orelhas eram tão grandes que batiam no tecto.
Logo ele que repetiu, ao longo desses 54 anos de convivência, o nome do músculo do pescoço que aprendeu quando tinha treze anos e que nunca mais esqueceu: esternocleidomastóideo.
O diagnóstico médico ainda não é conclusivo, mas, para mim, basta saber que esquece o meu nome, mal anda, toma líquidos de canudinho, não consegue terminar uma frase, nem controla mais as suas funções fisiológicas, e tem os famosos delírios paranóicos comuns nas demências tipo Alzheimer.
Aliás, fico até mais tranquilo diante do "não sei ao certo" dos médicos; prefiro isso ao "estou absolutamente certo de que...", frase que me dá arrepios.
E o que fazer... para evitarmos essas drogas?
Como?
Ler muito, escrever, buscar a clareza das ideias, criar novos circuitos neurais que venham substituir os afectados pela idade e pela vida "bandida".
O meu conselho é para não serem infalíveis como o meu pobre pai; não cheguem ao topo, nunca, pois dali só há um caminho: descer.
Inventem novos desafios, façam palavras cruzadas, forcem a memória, não só com drogas (não nego a sua eficácia, principalmente asnootrópicas), mas a correr atrás dos vazios e lapsos.
Não sossego enquanto não me lembro do nome de algum velho conhecido, ou de uma localidade onde estive há trinta anos.
Leiam e empenhem-se em entender o que está escrito, e aprendam outra língua, mesmo aos sessenta anos.
Coloquem a palavra FELICIDADE no topo da sua lista de prioridades: "7" de cada "10" doentes nunca ligaram para essas "bobagens" e viveram vidas medíocres e infelizes - muitos nem mesmo tinham consciência disso.
Mantenha-se interessado no mundo, nas pessoas, no futuro.
Invente novas receitas, experimente (não gosta de ir para a cozinha? hummmm... preocupante).
Lute, lute sempre, por uma causa, por um ideal, pela felicidade.
Parodiando Maiakovski, que disse "melhor morrer de vodca do que de tédio", eu digo: melhor morrer a lutar o bom combate do que ter a personalidade roubada pelo Alzheimer.
Dicas para escapar do Alzheimer:
Uma descoberta dentro da Neurociência vem revelar que o cérebro mantém a capacidade extraordinária de crescer e mudar o padrão de suas conexões.
Os autores desta descoberta, Lawrence Katz e Manning Rubin (2000), revelam que NEURÓBICA, a "aeróbica dos neurónios", é uma nova forma de exercício cerebral projectada para manter o cérebro ágil e saudável, criando novos e diferentes padrões de actividades dos neurónios em seu cérebro.
Cerca de 80% do nosso dia-a-dia é ocupado por rotinas que, apesar de terem a vantagem de reduzir o esforço intelectual, escondem um efeito perverso; limitam o cérebro.
Para contrariar essa tendência, é necessário praticar exercícios "cerebrais" que fazem as pessoas pensarem somente no que estão a fazer, concentrando-se na tarefa.
O desafio da NEURÓBICA é fazer tudo aquilo que contraria as rotinas, obrigando o cérebro a um trabalho adicional.
Tente fazer um teste:
- use o relógio de pulso no braço direito;
- escove os dentes com a mão contrária da de costume;
- ande pela casa de trás para frente; (vi na China o pessoal a treinar isso num parque);
- vista-se de olhos fechados;
- estimule o paladar, coma coisas diferentes;
- veja fotos de cabeça para baixo;
- veja as horas num espelho;
- faça um novo caminho para ir ao trabalho.
A proposta é mudar o comportamento rotineiro!
Tente, faça alguma coisa diferente o com seu outro lado e estimule o seu cérebro.
PS O nosso António Silva barralha as sinapses. ainda bem!
Leiam e empenhem-se em entender o que está escrito, e aprendam outra língua, mesmo aos sessenta anos.
Coloquem a palavra FELICIDADE no topo da sua lista de prioridades: "7" de cada "10" doentes nunca ligaram para essas "bobagens" e viveram vidas medíocres e infelizes - muitos nem mesmo tinham consciência disso.
Mantenha-se interessado no mundo, nas pessoas, no futuro.
Invente novas receitas, experimente (não gosta de ir para a cozinha? hummmm... preocupante).
Lute, lute sempre, por uma causa, por um ideal, pela felicidade.
Parodiando Maiakovski, que disse "melhor morrer de vodca do que de tédio", eu digo: melhor morrer a lutar o bom combate do que ter a personalidade roubada pelo Alzheimer.
Dicas para escapar do Alzheimer:
Uma descoberta dentro da Neurociência vem revelar que o cérebro mantém a capacidade extraordinária de crescer e mudar o padrão de suas conexões.
Os autores desta descoberta, Lawrence Katz e Manning Rubin (2000), revelam que NEURÓBICA, a "aeróbica dos neurónios", é uma nova forma de exercício cerebral projectada para manter o cérebro ágil e saudável, criando novos e diferentes padrões de actividades dos neurónios em seu cérebro.
Cerca de 80% do nosso dia-a-dia é ocupado por rotinas que, apesar de terem a vantagem de reduzir o esforço intelectual, escondem um efeito perverso; limitam o cérebro.
Para contrariar essa tendência, é necessário praticar exercícios "cerebrais" que fazem as pessoas pensarem somente no que estão a fazer, concentrando-se na tarefa.
O desafio da NEURÓBICA é fazer tudo aquilo que contraria as rotinas, obrigando o cérebro a um trabalho adicional.
Tente fazer um teste:
- use o relógio de pulso no braço direito;
- escove os dentes com a mão contrária da de costume;
- ande pela casa de trás para frente; (vi na China o pessoal a treinar isso num parque);
- vista-se de olhos fechados;
- estimule o paladar, coma coisas diferentes;
- veja fotos de cabeça para baixo;
- veja as horas num espelho;
- faça um novo caminho para ir ao trabalho.
A proposta é mudar o comportamento rotineiro!
Tente, faça alguma coisa diferente o com seu outro lado e estimule o seu cérebro.
PS O nosso António Silva barralha as sinapses. ainda bem!
a impressão que tenho é que andamos todos a dormir, não me sinto verdadeiramente vivo e temo que isso nunca vá acontecer.
ResponderEliminarAinda espero que alguém me abane com dois murros na cara. Sinto o cérebro achatado!
Só acontece comigo?
Não, não sou doido, sou um de vós...
e não, não aconselho a experimentarem drogas para o conseguirem, não é esse o caminho, mas já me senti bem vivo com elas, mas depois acabamos por viver uma falsa vida, não uma real que pode ser conseguida sobriamente.
ResponderEliminarsó para acabar, o nosso António Silva vive a vida tal como ela é, sem fundos falsos e sem máscaras... É genuíno e aposto que usa o seu cérebro na totalidade, ao contrário do que se possa pensar.
ResponderEliminarLoucos somos todos..
ResponderEliminare aqueles que se dizem sãos
são os mais loucos de todos
psiquiatria...
a ala dos realistas...
question:o jogo da sueca tb faz bem? '
ResponderEliminarUm jogo da sueca pode ajudar se for jogado em cima de uma barriga sueca.
ResponderEliminarEste comentário foi só para comprovar que nós homens apenas usamos uma pequenina parte do cérebro, mas o interessante disto é que às vezes conseguimos ser felizes apenas com essa parte.