segunda-feira, 30 de janeiro de 2012
Linhagens
Com esta vos deixo…
Tem caído cada russa!
quinta-feira, 26 de janeiro de 2012
Esternocleidomastóideo
Sobre o ALZHEIMER
O meu pai está com Alzheimer.
Logo ele, que durante toda vida se dizia "O Infalível".
Logo ele, que um dia, ao tentar ensinar-me matemática, disse que as minhas orelhas eram tão grandes que batiam no tecto.
Logo ele que repetiu, ao longo desses 54 anos de convivência, o nome do músculo do pescoço que aprendeu quando tinha treze anos e que nunca mais esqueceu: esternocleidomastóideo.
O diagnóstico médico ainda não é conclusivo, mas, para mim, basta saber que esquece o meu nome, mal anda, toma líquidos de canudinho, não consegue terminar uma frase, nem controla mais as suas funções fisiológicas, e tem os famosos delírios paranóicos comuns nas demências tipo Alzheimer.
Aliás, fico até mais tranquilo diante do "não sei ao certo" dos médicos; prefiro isso ao "estou absolutamente certo de que...", frase que me dá arrepios.
E o que fazer... para evitarmos essas drogas?
Como?
Ler muito, escrever, buscar a clareza das ideias, criar novos circuitos neurais que venham substituir os afectados pela idade e pela vida "bandida".
O meu conselho é para não serem infalíveis como o meu pobre pai; não cheguem ao topo, nunca, pois dali só há um caminho: descer.
Inventem novos desafios, façam palavras cruzadas, forcem a memória, não só com drogas (não nego a sua eficácia, principalmente asnootrópicas), mas a correr atrás dos vazios e lapsos.
Leiam e empenhem-se em entender o que está escrito, e aprendam outra língua, mesmo aos sessenta anos.
Coloquem a palavra FELICIDADE no topo da sua lista de prioridades: "7" de cada "10" doentes nunca ligaram para essas "bobagens" e viveram vidas medíocres e infelizes - muitos nem mesmo tinham consciência disso.
Mantenha-se interessado no mundo, nas pessoas, no futuro.
Invente novas receitas, experimente (não gosta de ir para a cozinha? hummmm... preocupante).
Lute, lute sempre, por uma causa, por um ideal, pela felicidade.
Parodiando Maiakovski, que disse "melhor morrer de vodca do que de tédio", eu digo: melhor morrer a lutar o bom combate do que ter a personalidade roubada pelo Alzheimer.
Dicas para escapar do Alzheimer:
Uma descoberta dentro da Neurociência vem revelar que o cérebro mantém a capacidade extraordinária de crescer e mudar o padrão de suas conexões.
Os autores desta descoberta, Lawrence Katz e Manning Rubin (2000), revelam que NEURÓBICA, a "aeróbica dos neurónios", é uma nova forma de exercício cerebral projectada para manter o cérebro ágil e saudável, criando novos e diferentes padrões de actividades dos neurónios em seu cérebro.
Cerca de 80% do nosso dia-a-dia é ocupado por rotinas que, apesar de terem a vantagem de reduzir o esforço intelectual, escondem um efeito perverso; limitam o cérebro.
Para contrariar essa tendência, é necessário praticar exercícios "cerebrais" que fazem as pessoas pensarem somente no que estão a fazer, concentrando-se na tarefa.
O desafio da NEURÓBICA é fazer tudo aquilo que contraria as rotinas, obrigando o cérebro a um trabalho adicional.
Tente fazer um teste:
- use o relógio de pulso no braço direito;
- escove os dentes com a mão contrária da de costume;
- ande pela casa de trás para frente; (vi na China o pessoal a treinar isso num parque);
- vista-se de olhos fechados;
- estimule o paladar, coma coisas diferentes;
- veja fotos de cabeça para baixo;
- veja as horas num espelho;
- faça um novo caminho para ir ao trabalho.
A proposta é mudar o comportamento rotineiro!
Tente, faça alguma coisa diferente o com seu outro lado e estimule o seu cérebro.
PS O nosso António Silva barralha as sinapses. ainda bem!
terça-feira, 24 de janeiro de 2012
É o bicho, é o bicho
quando criança pequena,
na grande Santa Eufêmia,
meu berço, em tenra idade e,
tal como a descrevestes,
sobravam dificuldades.
Só se pode elogiar a garra,
a luta, a tenacidade,
de não dar braço a torcer,
vencer adversidades.
Perseguir objetivos,
desvendar novas cidades!
E no calor da conquista,
feita com força, na marra,
bater no peito e dizer:
- Vêde bem o que é, um samarra!
Caminhar descalço, sorrir
e brincar à beira mar.
Sobre o restolho? Faquir!
Deixo-o pra quem gostar.
Tocar ao bicho na moita
é fruto do desespero.
Olha, assunta, vê bem
se ainda, nas mãos, tens pelo.
Quantos martelos com flores,
desceram pela goela ...
uns provocaram amores,
outros lamentos, por ela.
O azoto do foskamónio
abunda, com tantas giestas,
não sei se és Zé ou António,
se és bom ou se não prestas.
Mariquinha, maricota,
com a direita, com a canhota
assim cantavas ao bicho,
pra ficar como se gosta.
Vamos contornar as ondas,
assim se vence a maré,
não interessa a maneira,
o bom é bicho de pé!
segunda-feira, 23 de janeiro de 2012
Publicidade
Requinte
quinta-feira, 19 de janeiro de 2012
Notícias
Sim, isto por aqui tem andado calminho. Pela aldeia as movimentações relevantes têm sido poucas e a censura, tal como a vida, está cada vez mais austera.
Mas, mesmo assim, cá vai:
Sobre política: houve uma lagarada do PP local, há 15 dias, num lagar da aldeia. Paulo Portas está cada vez mais chegado a nós.
Sobre cultura: Continua a tournée caseira de Manel S., com os seus concertos intimistas, todos os domingos a partir das 14.00h, no local do costume.
Sobre intrigas e outras manobras ocultas: Tenho falado pouco com o coiso, mas dizem que o outro de vez em quando ainda lá vai. E ela, fina, nem preta nem branca.
Outros assuntos: a Câmara de Pinhel aprovou novos tarifários do abastecimento de água e tratamento de resíduos sólidos. aqui
terça-feira, 17 de janeiro de 2012
segunda-feira, 16 de janeiro de 2012
Noite fim de ano
Oio aqui a fazer cavalinhos... Oio
sábado, 14 de janeiro de 2012
皮條客, como quem diz Chulos
Reflecti durante uns largos 2 segundos e disse 是的, porque não?
(De seguida vamos fazer uma comezaina com alguns maçons - varios do PPD e um do PS - aqui da aldeia. Vou propor este tema para discussão, entre a chouriça assada e o queijo de cabra)
quinta-feira, 12 de janeiro de 2012
Coscuvilheiros
Quando criança pequena,
na grande Santa Eufêmia;
em tenra idade já via,
aqueles que, por gáudio de alcovitar,
percorriam as vielas, os quelhos;
observadores silentes, a se esquivar.
Não davam azo ao viço: eram velhos!
E, rubicundos, finjiam nada notar,
hécticos, farejavam todos os arções;
pra, no maldizer, concentrar suas ações!
Coscuvilheiros que andavam, meiginhos no seu labor,
semeavam a discórdia, desconheciam o amor.
Houvesse que lhe botasse, nas mãos, o cabo de guatambu,
fazê-los suar a cavar ou que o enfiassem ... na rima.
Que lhes fizessem um enterro dos que a sua laia herda,
ao invés de usar terra que os cobrissem de ... rima.
Irmãos
Soares dos Santos, 77 anos, Grupo Gerónimo Martins
terça-feira, 10 de janeiro de 2012
Perspectivas
Em Janeiro sobe ao outeiro; se vires verdejar, põe-te a chorar, se vires nevar, põe-te a cantar
Fumo
Vão impedir as pessoas de fumar à porta da Associação, do Zé Ferreira ou do Café do João!? E quem fuma pontas e filtros, onde vão eles depois fazer o rebusco? Coitadas das crianças.
E a regra da "hora coca-cola", mantém-se ou acaba também!?
segunda-feira, 9 de janeiro de 2012
17ª. Feira das Tradições
Santa Eufêmia, a freguesia
Caso eles não aprovem as pretensões da nossa freguesia, o armistício celebrado aquando da guerra da ocupação da Ermida no século passado, ficará sem efeito.
sexta-feira, 6 de janeiro de 2012
quinta-feira, 5 de janeiro de 2012
Maçonaria
A Loja irá admitir todo o homem livre, de bons costumes, de boina e que tenha um cão rafeiro castanho, não castrado.
A oficina terá um busto do saudoso Zé Radio adornado num garrafão de palha.
Durante a semana fingem que não se conhecem e amparam a ressaca uns dos outros.
terça-feira, 3 de janeiro de 2012
A voz do sino
Quando criança pequena,
na grande Santa Eufêmia;
no dia, na noite,
abrigado ou ao relento,
era o badalo do sino,
sem nos mexer no destino,
que nos dava as boas novas,
ou os piores tormentos.
Desde a torre o ribombar,
carregado pelo vento,
percorria os penedos
ia nos livrar de medos,
ou às pressas no chamar!
Quanta artimanha e ciência!
Pelas mãos do sinaleiro,
a livrar-nos de carência
sabíamos, quase primeiro,
do fato acontecer.
Som estridente e sonante,
corria a sítio distante,
entregando, de rompante,
a notícia: boa ou horripilante!